À MAMÃE
A tua vida foi, ó Mãe amada,
Um tecido de graças preciosas;
E, se entre espinhos mil colhestes as rosas,
De seu perfume foste inebriada...
A tua alma tão bela, tão nevada,
-Lindo escrínio de gemas primorosas-
Entre noites do exílio, as mais trevosas,
De luz, como fulgiu toda nimbada!
Mamãe, sempre do céu, a nostalgia,
Oh! desde pequenina, noite e dia,
Martirizou teu grande coração...
Em surdina gemeu esta saudade...
De asas pandas em rumo à eternidade,
Do cisne seja o canto: a gratidão!
Madre Maria Evangelista da Assunção
Carmelita Descalça
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